O artigo The Stanford Cart and the CMU Rover, escrito por Hans P. Moravec (MORAVEC, 1983), aborda dois projetos desenvolvidos pelo pesquisador. No artigo Moravec descreve os métodos e resultados obtidos nos testes com o Cart e também os apredizados obtidos com essa pesquisa que contribuíram para o desenvolvimento de um novo robô, o CMU Rover.

Moravec é um pesquisador interessado principalmente pela área da robótica e da inteligência artificial. Com estes projetos realizados na universidade de Stanford (Cart) e na Carnegie Mellon (Rover) ele contribuiu com métodos e estudos de sensores para obter informações do ambiente, permitindo que o robô possa navegar de forma autônoma.

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Através do mapa conceitual é possível visualizar as principais ideias e conceitos abordados no artigo e a relação entre estes pontos. Este mapa foi desenvolvido no decorrer da leitura do artigo com o objetivo de destacar os principais pontos do documento e facilitar o seu entendimento. Recomendo abrir a imagem em uma nova aba para visualizá-la melhor.

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Conforme apontado no mapa conceitual, o Cart de Stanford era um robô equipado com uma câmera de TV que ficava fixa em uma estrutura que permitia que ela fosse movimentada de um lado para o outro, desta forma o robô era capaz de obter imagens esterioscopicas, que fornecem uma noção de profundidade.

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Os testes com o Cart foram relizados em um cenário construído em ambiente indoor e outdoor com a presença de cadeiras e objetos de diferentes formatos feitos com papelão como obstáculos. Nas imagens obtidas pelo robô eram selecionadas algumas features, através das quais o robô era capaz de estimar a sua posição no ambiente e a presença dos obstáculos, traçando assim uma trajetória que desvie destes objetos.

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O Stanford Cart apresentou resultados melhores no ambiente indoor, pois a textura e inclinação do solo do ambiente externo afetavam a sua movimentação. O robô levava cerca de 10 a 15 minutos para realizar o processamento das imagens e gerar uma trajetória, era bastante lento e por isso os testes no percusso desenvolvido, o qual possuía cerca de 20 metros, levavam cerca de 5 horas de duração.

Os aprendizados obtidos com o projeto do Cart contribuíram para a construção do CMU Rover, o qual era mais rápido e feito com materiais e sensores mais sofisticados. A estrutura do CMU Rover foi feita de forma que o robô fosse bem flexível possibilitando a sua aplicação em diversas pesquisas sobre percepção e controle.

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Ambos os projetos contribuíram bastante com informações a respeito da navegação autônoma através da odometria visual, a aplicação da inteligência artificial e visão computacional para melhorar a localização e estudos de controle e percepção. Para mais informações sobre estes projetos recomendo a leitura do artigo. Segue também o link da apresentação realizada no intuito de discutir as principais ideias deste artigo para os outros pesquisadores da área do Centro de Competência em Robótica e Sistemas Autônomos, essa mesma apresentação pode ser visualizada abaixo.


Referências

  1. MORAVEC, H. P. The Stanford cart and the CMU rover. Proceedings of the IEEE, v. 71, n. 7, p. 872–884, 1983.



Autora


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Juliana Santana
Pesquisadora Jr. do projeto
Engenheira Eletricista.